quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Theo...

Era meia noite, todos felicitavam uns aos outros, eu sentia a falta de minha família e do Marc, mas estava feliz, incompleta, mas feliz... quando de repente o Theo começou a chorar (uma linda criança de 4 anos), ele dizia que papai Noel não foi visitá-lo e que estava muito triste por isso. A Manu explicou que enquanto ele abraçava sua avó o papai Noel foi lá deixar o seu presente, tinha várias outras crianças para visitar, sendo assim não conseguiu esperá-lo. Claro que esta a quem vos escreve começou a chorar também, rsrs, e óbvio que a sensibilidade do Theo trouxe a tona uma série de questionamentos. Por que ao longo de nossas vidas nos tornamos tão insensíveis? Por que somos tão míopes diante da vida? Por que deixamos o lado mais bonito, em minha opinião, da criança que há em nós esquecido no fundo do nosso inconsciente?
Platão disse que uma vida não questionada não merece ser vivida, acreditem, não tenho pretensão de dar lição de moral a ninguém, mas choca-me a insensibilidade humana diante do próximo.
Nesta noite de Natal agradeci a Deus por ter uma família saudável, feliz e obviamente “enlouquecida” às vezes... No entanto, não dava para esquecer que tudo está por um fio, sempre... que o amanhã é incerto para todos e que naquele momento, a Mel estava no hospital com sua mãe, mãe esta que ama a vida e luta por ela desde sempre.
A todo instante deparo-me com pessoas sem tolerância alguma e conseqüentemente sem amor ao próximo, claro que não estou sugerindo que todos deviam sair se abraçando e blá, blá, blá... Acredito sim, que se nos pusermos no lugar do outro, questionarmos mais nossas ações, no que fizemos de bom e ruim ao longo do dia, e tentarmos, de alguma forma, sermos melhores no dia seguinte, o mundo poderia acordar melhor também.


Inté...